A Novela
A Próxima Vítima foi uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo de 13 de março a 4 de novembro de 1995, às 20 horas e teve 203 capítulos. Foi escrita por Sílvio de Abreu, Alcides Nogueira e Maria Adelaide Amaral e dirigida por Jorge Fernando, Rogério Gomes, Marcelo Travesso e Alexandre Boury.
Sinopse
Francesca Ferreto descobre a traição do marido, Marcelo, não o poupando aos escândalos. Muito mais que uma amante, Marcelo tem outra família. Ana, mineira radicada em São Paulo, é a mulher batalhadora, dona de uma cantina italiana, que criou os três filhos que tivera com Marcelo: Júlio, Sandrinho e Carina. Mas Ana tem um eterno admirador, Juca, o irmão de criação de Marcelo, um homem simples, dono de uma barraca de frutas no Mercado Municipal de São Paulo. Francesca e Ana são duas pessoas completamente diferentes.
Marcelo é executivo do Frigorífico Ferreto, de propriedade da família de sua esposa. A família Ferreto luta para proteger os próprios interesses. Filomena é a mulher que comanda com mão de ferro os seus negócios, as vidas das irmãs Francesca e Carmela e o marido Eliseo, seu capacho. Mas ela só tem olhos para a sobrinha Isabela, filha de Carmela, uma moça que, por trás da aparência angelical, esconde uma personalidade diabólica e um tórrido caso com o tio Marcelo, apesar de noiva do jovem Diego, herdeiro do Frigorífico Costa Brava.
Mas um fato muda a rotina dos Ferreto: Francesca é supostamente assassinada. A jovem estudante de Direito Irene, amiga de Diego, gosta de bancar a detetive e crê haver uma conexão entre a morte de Francesca e dois outros assassinatos muito próximos: de sua tia Júlia Braga (irmã de sua mãe, Helena), e de seu próprio pai, Hélio. Helena vivia um casamento conturbado e ficou bastante aliviada com a morte do marido, livre para viver um novo amor ao lado do feirante Juca.
Enquanto Irene, movida pela curiosidade, investiga os crimes, outros assassinatos ocorrem. Em todos eles, um fato em comum: as vítimas recebem uma lista do horóscopo chinês antes de morrerem. O suspense não está somente em descobrir quem é o assassino, mas também em quem será A Próxima Vítima,daí o nome da telenovela.
As vítimas
Giggio di Angelis: foi assassinado a tiros em 1968. Sua morte gerou os assassinatos posteriores. Em 1995, foi por queima de arquivo. Em 2000, foi por vingança.
Leontina Mestieri: a sela do cavalo no qual andava foi afrouxada de propósito. Ela caiu e bateu a cabeça em uma pedra.
Paulo Soares (Arnaldo Roncalho): atropelado no primeiro capítulo.
Hélio Ribeiro: envenenado por um uísque na sala VIP do aeroporto.
Josias da Silva: empurrado na linha do trem.
Júlia Braga: baleada na rua.
Ivete Bezerra: morta a pauladas em casa.
Kléber Noronha: empurrado no poço do elevador do prédio onde morava.
Ulisses Carvalho: morto numa explosão da pizzaria.
Eliseo Giardini: asfixiado por monóxido de carbono.
No ano 2000, Eliseo foi, na verdade, morto por Bruno.
Na versão de 2000, Ulisses foi o assassino e forjou a própria morte.
Paralelo aos assassinatos misteriosos em série, outros dois assassinatos ocorreram na trama, planejados ou executados pela vilã Isabela. O primeiro foi o de Andréa Barcelos, secretária do Frigorífico Ferreto, assassinada com um tiro pela vilã. Depois, foi Romana Ferreto, que foi jogada por Bruno (que executou o plano de Isabela) na piscina da casa enquanto estava dopada.
Elenco
Vera Holtz, interpretou a personagem Quitéria Quarta-feira.José Wilker - Marcelo Rossi
Tony Ramos - Juca (João Carlos Mestieri)
Suzana Vieira - Ana Carvalho Rossi
Tereza Rachel - Francesca Ferreto Rossi
Aracy Balabanian - Filomena Ferreto
Cláudia Ohana - Isabela Ferreto Vasconcellos Rossi
Natália do Vale - Helena Braga Ribeiro
Francisco Cuoco - Hélio Ribeiro
Lima Duarte - Zé Bolacha (José Mestieri)
Vivianne Pasmanter - Irene Ribeiro
Gianfrancesco Guarnieri - Eliseo Giardini
Yoná Magalhães - Carmela Ferreto Vasconcellos
Rosamaria Murtinho - Romana Ferreto
Marcos Frota - Diego Bueno
Paulo Betti - Olavo de Melo
Cecil Thiré - Adalberto Vasconcellos,O assasino de 1995
Alexandre Borges - Bruno
Glória Menezes - Júlia Braga
Vera Holtz - Quiteria Quarta-Feira
Nicette Bruno - Nina Mestieri
Flávio Migliaccio - Vitinho (Vitório Mestieri)
Otávio Augusto - Ulisses Carvalho,O assasino em 2000
Zezé Motta - Fátima Noronha
Antônio Pitanga - Kléber Noronha
Selton Mello - Tonico (Antônio Carlos Mestieri)
Deborah Secco - Carina Carvalho Rossi
André Gonçalves - Sandrinho (Sandro Carvalho Rossi)
Lui Mendes - Jefferson Noronha
Norton Nascimento - Sidney Noronha
Isabel Fillardis - Rosângela de Souza
Mila Moreira - Carla
Camila Pitanga - Patrícia Noronha
Roberto Bataglin - Cláudio Ramos
Pedro Vasconcelos - Lucas Braga Ribeiro
Georgiana Góes - Iara Mestieri
Patrícia Travassos - Solange Lopes
Eduardo Felipe - Júlio Carvalho Rossi
Lugui Palhares - Adriano Raposo do Amaral
Vera Gimenez - Andréa Barcelos
José Augusto Branco - Josias da Silva
Victor Branco - Alfredo
Edgard Amorim - Miroldo
Lídia Mattos - Diva
Andréa Avancini - Teca
Nizo Neto - Marco
Patrick de Oliveira - Arizinho
Renata Schumann - Sabrina de Melo
Marcelo Barros - Cuca
Dalmo Cordeiro - Giba
Hilda Rebello - Zulmira
Lucy Mafra - Alcina
Catarina Abdala - Marizete
Élcio Romar - Eurípedes Lopes
Participações Especiais
Reginaldo Faria - Paulo Soares/Arnaldo Roncalho
Liana Duval - Ivete Bezerra
Mauro Mendonça - Otávio Bueno
Tânia Scher - Mãe de Diego
Emiliano Queiroz - Antônio Quintela (advogado)
Vanda Lacerda - Tia Anunciata Ferreto
Norma Geraldy - Tia Úrsula Ferreto
Carlos Eduardo Dolabella - Giggio de Angelis
Lauro Góes - Dr. Felipe Barreto (cirurgião plástico que opera Isabela)
Castro Gonzaga - Tio de Paulo Soares/Arnaldo Roncalho
Maria Helena Dias - Leontina Mestieri
Antônio Fagundes - Astrogildo
Marco Miranda - Advogado de Filomena
Washington Gonzalez- Duda Maluco
Dary Reis- Delegado (quando Tonico é preso)
Jonas Bloch - Delegado (quando Giulio é preso)
Danielle Winits - Ana (em 1968)
Gilberto Sálvio - Pai de Ana e Ulisses
Cláudia Raia - Mulher assassinada no último capítulo
Curiosidades
A excelente interpretação da atriz Aracy Balabanian como a matriarca Filomena Ferreto, que comandava sua família e os negócios com autoridade e frieza, fez a personagem ofuscar, em diversas ocasiões, os conflitos amorosos de Ana, Juca, Marcelo, Helena e Isabela. Foi sem dúvida o maior destaque da novela.
O autor Sílvio de Abreu fez uma pequena homenagem ao amigo Gilberto Braga, batizando o cirurgião plástico que opera Isabela(quando Marcelo lhe corta o rosto com uma faca) como Dr. Felipe Barreto, personagem com a mesma profissão vivido por Antônio Fagundes em O Dono do Mundo, em 1991. E o próprio Fagundes fez uma participação afetiva na história, em seu desfecho, como Astrogildo, um pretendente para a solteirona Nina.
Grande interpretação de Cláudia Ohana na pele da sensual e diabólica Isabela Ferreto.
Entre os coadjuvantes, destaque para Rosamaria Murtinho, impecável como a charmosa e cínica Romana Ferreto; e para Flávio Migliaccio, como o "sincero" Vitinho.
Além do suspense, Sílvio de Abreu abordou temas polêmicos, como as drogas, com o personagem Lucas; a homossexualidade, com Sandrinho e Jeferson; a prostituição por opção, com Quitéria Quarta-Feira. Fora isso, o amor com diferença de idade entre Cacá e Adriano (Yoná Magalhães e Lugui Palhares) e entre Zé Bolacha e Irene (Lima Duarte e Vivianne Pasmanter), além da relação claramente baseada no interesse entre Bruno e Romana (Alexandre Borges e Rosamaria Murtinho); e pôs no ar uma família de negros de classe média alta. Também criou tipos inesquecíveis, como a maquiavélica Isabela e a chefe da família Ferreto, Filomena, uma espécie de Don Corleone de saias.
Sílvio de Abreu, em entrevista, contou que A Próxima Vítima teve uma audiência tão grande na Rússia que parou o país no horário de exibição. "Isso foi até comentado no jornal The New York Times, dos Estados Unidos. Em Cuba, foi a mesma coisa. O Silvio Santos esteve lá, na época, e me contou que todo mundo perguntava a ele quem era o assassino da história".
Numa das cenas mais marcantes, Diego espanca Isabela e a empurra do alto da escada da mansão dos Ferreto no dia de seu casamento com a moça, pois descobriu que ela o traía com o próprio tio dela, Marcelo. Alguns meses depois, foi a vez de Marcelo ser traído e esfaquear a adúltera no rosto. Membros do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher condenaram as imagens, que qualificaram como um estímulo ao machismo e à violência contra a mulher.
Primeira novela do ator Alexandre Borges na Rede Globo. Sua estréia no veículo foi na novela Guerra sem Fim (1993), da Rede Manchete, sendo que sua estréia na Globo foi na minissérie Incidente em Antares (1994).
A Próxima Vítima foi reapresentada de forma compacta no programa Vale a Pena Ver de Novo, de 10 de julho a 8 de dezembro de 2000, em 110 capítulos. Dessa vez, mantendo o suspense, o assassino foi trocado: em vez de Adalberto, o criminoso agora é Ulisses, que nesse final não era irmão de Ana, usando essa identidade apenas como um disfarce para poder agir sem obstáculos, tendo forjado a própria morte numa explosão do depósito de gás da pizzaria. "Ulisses", cujo nome real não era esse, era filho do contador do frigorífico, preso injustamente no passado. Para vingar a morte de seu pai na cadeia, ele engendra todo o plano, ajudado por Bruno (Alexandre Borges) - seu filho, que era o de eliminar todas as testemunhas da morte de Giggio de Angelis (participação de Carlos Eduardo Dolabella), que se omitiram de denunciar o verdadeiro assassino, Eliseo, fazendo com que o pai de "Ulisses" fosse preso injustamente. O último a ser assassinado é justamente Eliseo. "Ulisses", no final, não quer voltar para a cadeia e se suicida na frente de Olavo (Paulo Betti). O final não era exatamente "inédito" - boa parte dele havia sido apresentada no Fantástico do domingo seguinte à exibição do último capítulo da novela em Portugal.
Em 1995, o motivo dos assassinatos é bem diferente: Adalberto começa a ser ameaçado por cartas anônimas (que no final se descobre que eram de autoria de Eliseo, motivado pelo ciúme que sentia da mulher, Filomena, já que julgava que ela era apaixonada por Adalberto) e passa a eliminar todas as testemunhas do assassinato de Giggio, cometido por ele (por causa do amor que sentia por Francesca, esposa de Giggio à época), pois achava que uma delas era quem o estava ameaçando. Essas testemunhas foram compradas por Francesca e prestaram falso testemunho, livrando Adalberto da culpa e colocando na cadeia, no lugar dele, o tal contador, que, nesse final, havia aplicado um golpe financeiro no Frigorífico Ferreto. Após ser desmascarado, Adalberto termina a novela morto por um tiro nas costas dado por Olavo, o único modo encontrado pelo investigador para detê-lo depois que Adalberto consegue se desvencilhar dos agentes que o levariam à prisão.
Marcante também no último capítulo foi a última cena, com um acontecimento surpreendente. No meio da festa de casamento de Irene e Diego, aparece uma mulher misteriosa (Cláudia Raia), que lança olhares sensuais ao detetive Olavo. Ele se sente atraído e começa a correr atrás dela. A mulher vai até o jardim dos fundos, e de repente alguém lhe dá um tiro pelas costas e ela cai no chão, morta. Olavo vai até lá socorrer a mulher, chamando seu ajudante, e a cena começa gradativamente a ficar em preto-e-branco, e começam a subir os créditos da novela.
Em Portugal, o processo contrário ocorreu: em 1995, o assassino foi Ulisses, e, na reprise apresentada pela SIC em 2001, Adalberto.
Durante a reprise, A Próxima Vítima também foi alvo das medidas impetradas pelo Ministério Público. A novela foi considerada muito forte para ser apresentada no horário da tarde, e, segundo as autoridades, os cortes aplicados pela Rede Globo eram insuficientes. Algumas cenas, como a da facada de Marcelo em Isabela, acabaram sendo totalmente suprimidas dos capítulos reeditados. As outras vítimas do MP foram as novelas Uga Uga e Laços de Família, esta última com conseqüências mais graves, como a retirada do elenco infantil da trama (ver artigo correspondente). Já foi reprisada na Globo Internacional.
O público reclamou do "Socorro, né?" de Carina (Deborah Secco), de modo que a personagem, aos poucos, foi deixando de proferir a expressão.
Primeira novela de Lui Mendes, Lugui Palhares, Georgiana Góes e Marcelo Barros.
Sílvio de Abreu criou Ana a pensar em Regina Duarte, mas a atriz foi escalada para a sua primeira Helena de Manoel Carlos, em História de Amor. Helena, feita por Natália do Vale, foi criada para Maria Zilda Bethlem. Já Romana foi oferecida a Fernanda Montenegro, mas acabou por ficar com Rosamaria Murtinho e Bruno foi oferecido a Maurício Mattar, mas acabou por ficar com Alexandre Borges que fez sua estréia na emissora.
Destaque absoluto para Cláudia Ohana, como a maquiavélica vilã Isabela Ferreto! Foi o verdadeiro demônio em forma de gente, aprontou muitas maldades, mas sua especialidade era justamente os escândalos sexuais! Vivia tendo casos extra-conjugais. Enquanto era noiva do sensível Diego (Marcos Frota) o traía com o próprio tio Marcelo (José Wilker). E depois, casada com Marcelo, o traía com o cafajeste Bruno (Alexandre Borges). Destaque para uma das cenas mais impactantes da novela, protagonizada pela vilã: quando Diego flagra Isabela, no dia de seu casamento com ela, na cama com o tio Marcelo, a espanca dando-lhe murros na cara e depois a joga escada abaixo na mansão dos Ferreto!
O autor Sílvio de Abreu fez uma pequena homenagem ao amigo Gilberto Braga, batizando o cirurgião plástico que opera Isabela(quando Marcelo lhe corta o rosto com uma faca) como Dr. Felipe Barreto, personagem com a mesma profissão vivido por Antônio Fagundes em O Dono do Mundo, em 1991. E o próprio Fagundes fez uma participação afetiva na história, em seu desfecho, como Astrogildo, um pretendente para a solteirona Nina.
Grande interpretação de Cláudia Ohana na pele da sensual e diabólica Isabela Ferreto.
Entre os coadjuvantes, destaque para Rosamaria Murtinho, impecável como a charmosa e cínica Romana Ferreto; e para Flávio Migliaccio, como o "sincero" Vitinho.
Além do suspense, Sílvio de Abreu abordou temas polêmicos, como as drogas, com o personagem Lucas; a homossexualidade, com Sandrinho e Jeferson; a prostituição por opção, com Quitéria Quarta-Feira. Fora isso, o amor com diferença de idade entre Cacá e Adriano (Yoná Magalhães e Lugui Palhares) e entre Zé Bolacha e Irene (Lima Duarte e Vivianne Pasmanter), além da relação claramente baseada no interesse entre Bruno e Romana (Alexandre Borges e Rosamaria Murtinho); e pôs no ar uma família de negros de classe média alta. Também criou tipos inesquecíveis, como a maquiavélica Isabela e a chefe da família Ferreto, Filomena, uma espécie de Don Corleone de saias.
Sílvio de Abreu, em entrevista, contou que A Próxima Vítima teve uma audiência tão grande na Rússia que parou o país no horário de exibição. "Isso foi até comentado no jornal The New York Times, dos Estados Unidos. Em Cuba, foi a mesma coisa. O Silvio Santos esteve lá, na época, e me contou que todo mundo perguntava a ele quem era o assassino da história".
Numa das cenas mais marcantes, Diego espanca Isabela e a empurra do alto da escada da mansão dos Ferreto no dia de seu casamento com a moça, pois descobriu que ela o traía com o próprio tio dela, Marcelo. Alguns meses depois, foi a vez de Marcelo ser traído e esfaquear a adúltera no rosto. Membros do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher condenaram as imagens, que qualificaram como um estímulo ao machismo e à violência contra a mulher.
Primeira novela do ator Alexandre Borges na Rede Globo. Sua estréia no veículo foi na novela Guerra sem Fim (1993), da Rede Manchete, sendo que sua estréia na Globo foi na minissérie Incidente em Antares (1994).
A Próxima Vítima foi reapresentada de forma compacta no programa Vale a Pena Ver de Novo, de 10 de julho a 8 de dezembro de 2000, em 110 capítulos. Dessa vez, mantendo o suspense, o assassino foi trocado: em vez de Adalberto, o criminoso agora é Ulisses, que nesse final não era irmão de Ana, usando essa identidade apenas como um disfarce para poder agir sem obstáculos, tendo forjado a própria morte numa explosão do depósito de gás da pizzaria. "Ulisses", cujo nome real não era esse, era filho do contador do frigorífico, preso injustamente no passado. Para vingar a morte de seu pai na cadeia, ele engendra todo o plano, ajudado por Bruno (Alexandre Borges) - seu filho, que era o de eliminar todas as testemunhas da morte de Giggio de Angelis (participação de Carlos Eduardo Dolabella), que se omitiram de denunciar o verdadeiro assassino, Eliseo, fazendo com que o pai de "Ulisses" fosse preso injustamente. O último a ser assassinado é justamente Eliseo. "Ulisses", no final, não quer voltar para a cadeia e se suicida na frente de Olavo (Paulo Betti). O final não era exatamente "inédito" - boa parte dele havia sido apresentada no Fantástico do domingo seguinte à exibição do último capítulo da novela em Portugal.
Em 1995, o motivo dos assassinatos é bem diferente: Adalberto começa a ser ameaçado por cartas anônimas (que no final se descobre que eram de autoria de Eliseo, motivado pelo ciúme que sentia da mulher, Filomena, já que julgava que ela era apaixonada por Adalberto) e passa a eliminar todas as testemunhas do assassinato de Giggio, cometido por ele (por causa do amor que sentia por Francesca, esposa de Giggio à época), pois achava que uma delas era quem o estava ameaçando. Essas testemunhas foram compradas por Francesca e prestaram falso testemunho, livrando Adalberto da culpa e colocando na cadeia, no lugar dele, o tal contador, que, nesse final, havia aplicado um golpe financeiro no Frigorífico Ferreto. Após ser desmascarado, Adalberto termina a novela morto por um tiro nas costas dado por Olavo, o único modo encontrado pelo investigador para detê-lo depois que Adalberto consegue se desvencilhar dos agentes que o levariam à prisão.
Marcante também no último capítulo foi a última cena, com um acontecimento surpreendente. No meio da festa de casamento de Irene e Diego, aparece uma mulher misteriosa (Cláudia Raia), que lança olhares sensuais ao detetive Olavo. Ele se sente atraído e começa a correr atrás dela. A mulher vai até o jardim dos fundos, e de repente alguém lhe dá um tiro pelas costas e ela cai no chão, morta. Olavo vai até lá socorrer a mulher, chamando seu ajudante, e a cena começa gradativamente a ficar em preto-e-branco, e começam a subir os créditos da novela.
Em Portugal, o processo contrário ocorreu: em 1995, o assassino foi Ulisses, e, na reprise apresentada pela SIC em 2001, Adalberto.
Durante a reprise, A Próxima Vítima também foi alvo das medidas impetradas pelo Ministério Público. A novela foi considerada muito forte para ser apresentada no horário da tarde, e, segundo as autoridades, os cortes aplicados pela Rede Globo eram insuficientes. Algumas cenas, como a da facada de Marcelo em Isabela, acabaram sendo totalmente suprimidas dos capítulos reeditados. As outras vítimas do MP foram as novelas Uga Uga e Laços de Família, esta última com conseqüências mais graves, como a retirada do elenco infantil da trama (ver artigo correspondente). Já foi reprisada na Globo Internacional.
O público reclamou do "Socorro, né?" de Carina (Deborah Secco), de modo que a personagem, aos poucos, foi deixando de proferir a expressão.
Primeira novela de Lui Mendes, Lugui Palhares, Georgiana Góes e Marcelo Barros.
Sílvio de Abreu criou Ana a pensar em Regina Duarte, mas a atriz foi escalada para a sua primeira Helena de Manoel Carlos, em História de Amor. Helena, feita por Natália do Vale, foi criada para Maria Zilda Bethlem. Já Romana foi oferecida a Fernanda Montenegro, mas acabou por ficar com Rosamaria Murtinho e Bruno foi oferecido a Maurício Mattar, mas acabou por ficar com Alexandre Borges que fez sua estréia na emissora.
Destaque absoluto para Cláudia Ohana, como a maquiavélica vilã Isabela Ferreto! Foi o verdadeiro demônio em forma de gente, aprontou muitas maldades, mas sua especialidade era justamente os escândalos sexuais! Vivia tendo casos extra-conjugais. Enquanto era noiva do sensível Diego (Marcos Frota) o traía com o próprio tio Marcelo (José Wilker). E depois, casada com Marcelo, o traía com o cafajeste Bruno (Alexandre Borges). Destaque para uma das cenas mais impactantes da novela, protagonizada pela vilã: quando Diego flagra Isabela, no dia de seu casamento com ela, na cama com o tio Marcelo, a espanca dando-lhe murros na cara e depois a joga escada abaixo na mansão dos Ferreto!
Ibope
A Próxima Vítima obteve média geral de 52 pontos, igual à de O Rei do Gado. O país parou para assistir ao último capítulo, que atingiu de 62 a 64 pontos de audiência, gravado meia hora antes de sua exibição. Tanto que tiveram medo de um curto circuito! Já o último capítulo foi muito mais além do que o de O Rei do Gado. Enquanto o capítulo final de O Rei do Gado chegou a 65 pontos de pico, o capítulo final de A Próxima Vítima alcançou 70 pontos de pico.
Prêmios
APCA (1995):
Melhor Novela
Melhor Atriz - Aracy Balabanian (Empatada com Laura Cardoso por Irmãos Coragem)
Melhor Ator Coadjuvante - Flávio Migliaccio
Prêmio Contigo! (1995)
Melhor Novela
Melhor Atriz Coadjuvante - Rosamaria Murtinho
Melhor Vilã - Cláudia Ohana
(ganhou em outras categorias também)
Troféu Imprensa (1995):
Melhor Novela
Melhor Atriz - Aracy Balabanian
Wikipédia
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